Enredo: Uma Onça Arretada no Nordeste
Compositores: Jeferson Lima, Rômulo Meirelles e Guto Guimarães
Intérpretes: Émerson Dias e Fernandinho
 
LÁ ONDE O SOL É INCLEMENTE
NEM O INFERNO É MAIS QUENTE
MEU CORDEL RABISCA O CHÃO
ENTRE MACAMBIRA, XIQUE-XIQUE
O GADO DÁ CHILIQUE, DE REPENTE NO SERTÃO
VÊ UMA ONÇA ENCARNADA NO LUGAR
PRA LÁ DE SONSA, APERREADA PRA DANÁ
ELA É VALENTE E ENCARA SEU DESTINO
RESILIENTE FEITO NORDESTINO
VAGUEIA SEM TEMER, PELEIA PRA VIVER
NÃO BAMBEIA QUANDO ENCONTRA VIRGULINO
 
CANGACEIRO, CABRA DA PESTE
O TEMIDO PISTOLEIRO, UMA LENDA DO AGRESTE
FEZ-SE FORTE UM RUGIDO
DA MORTE SE BORRANDO, SEU BANDO SAIU FUGIDO
 
POEIRA AFORA... A FELINA VIVEU EMOÇÕES
VIU QUE A FÉ ILUMINA OS CAMINHOS
É SENHORA DAS EMOÇÕES
DESCOBRIU QUE ESSA GENTE SOFRIDA
TRAZ O BARRO À VIDA E A LIDA EM CANÇÕES
AÊ AÊ, MUIÉ RENDEIRA, AÊ AÊ, MUIÉ RENDÁ
ZABUMBA E SANFONA A NOITE INTEIRA
FORRÓ E BAIÃO TAMBÉM QUIS DANÇAR
A ARTE NAMOROU SEU OLHAR
E A ESCOLA DO POVO MANDOU CHAMAR
SE FAZ ESTANDARTE, PAIXÃO CULTURAL
ENREDO NESSE CARNAVAL
 
COVA DA ONÇA ME ALUCINA
ARRETADA, NORDESTINA, COM A SEDE DE VENCER
CHEGOU DANADA E ATREVIDA
COM AS GARRAS NA AVENIDA PRA ENLOUQUECER