O carnavalesco João Clemente Jorge Trinta, conhecido como Joãosinho Trinta, de 78 anos morreu por volta das 11 horas deste sábado (17) em São Luís, no Maranhão. Ele está internava desde o dia 3 deste mês, em estado grave.

Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira, o Hospital UDI, em São Luís, havia informado que o carnavalesco estava com um "quadro de insuficiência respiratória e sepse, evoluindo com instabilidade hemodinâmica". O hospital ainda não confirmou a causa da morte.

Esta era a segunda vez que o carnavalesco é internado no Hospital UDI neste ano. Em maio, ele ficou 37 dias hospitalizado com quadro de pneumonia e insuficiência cardíaca.

HISTÓRIA

Começou sua carreira carnavalesca no Salgueiro, onde foi campeão, como assistente, em 1965, 1969 e 1971. Como carnavalesco-solo ganhou o bi-campeonato em 1974 com "O Rei de França na Ilha da Assombração" e em 1975 com "O Segredo das minas do Rei Salomão".

Após divergências com a diretoria salgueirense, transferiu-se para a escola de samba Beija-Flor, onde deu seu toque de genialidade com enredos ousados e luxuosos que deram à agremiação nilopolitana os títulos de 1976, 1977, 1978, 1980 e 1983, além de vários vice-campeonatos, entre eles os de 1986 com "O mundo é uma bola" e o de 1989 com "Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia" gerando controvérsias com a Igreja Católica ao tentar levar ao desfile uma imagem do Cristo Redentor caracterizado como mendigo.

Também foi campeão nos Grupos de Acesso com as escolas Império da Tijuca e Acadêmicos da Rocinha, além de ter feito carnavais para escolas de São Paulo.

Após problemas de saúde transferiu-se para a escola de samba Unidos do Viradouro, onde ganhou o título do carnaval de 1997 com o impactante "Trevas! Luz! A explosão do Universo". Teve passagem marcante na Grande Rio com o 3º lugar inédito para a escola em 2003.