Mangueira

 

 
 
 
Enredo: A Negra Voz do Amanhã
Compositores: Lequinho, Júnior Fionda, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim
Intérpretes: Marquinhos Art'Samba e Dowglas Diniz
 
XANGÔ CHAMA IANSà
QUE A VOZ DO AMANHÃ JÁ BRADOU NO MARANHÃO 
TAMBOR DE MINA, ENCANTADOS A GIRAR
O DIVINO NO ALTAR, A FILHA DE TODA FÉ
SOB AS BÊNÇÃOS DE MARIA, BATIZADA NAZARETH
QUIS O DESTINO QUANDO O TEMPO FOI MAESTRO 
SOPRAR A VIDA AOS PÉS DO VELHO CAJUEIRO 
GUARDAR NO PEITO A SAUDADE DE MAINHA 
DO REISADO A LADAINHA, SÃO LUIS O SEU TERREIRO 
Ê BUMBA MEU BOI! Ê BOI DE TRADIÇÃO! 
TEM QUE RESPEITAR MARACANÃ QUE FAZ TREMER O CHÃO
 
TOCA TAMBOR DE CRIOULA, FIRMA NO BATUQUEJÊ
Ô PEQUENA FEITA PRA VENCER
VEM BRILHAR NO RIO ANTIGO, MOSTRA SEU PODER DE FATO 
FINA FLOR QUE NÃO SE CHEIRA NÃO ACEITA DESACATO 
 
VAI PROVAR QUE O SAMBA É PRIMO DO JAZZ
FALAR DE AMOR COMO NINGUÉM FAZ
NAS HORAS INCERTAS, CURAR DISSABORES
FEITO UMA LOBA IMPOR SEUS VALORES 
E SEJA O PILAR DA ESPERANÇA 
DAS ROSAS QUE NASCEM NO MORRO DA GENTE 
SAMBANDO, TOCANDO E CANTANDO
SE ENCONTRAM PASSADO, FUTURO E PRESENTE 
MANGUEIRA! DE NEUMA E ZICA
DOS VERSOS DE HÉLIO QUE HONRARAM MEU NOME 
LEVO A ARTE COMO DOM
UM BRASIL EM TOM MARROM QUE HERDEI DE ALCIONE 
 
ELA É ODARA, DEUSA DA CANÇÃO
NEGRA VOZ, ORGULHO DA NAÇÃO
 
MEU PALÁCIO TEM RAINHA E NÃO É UMA QUALQUER
ARREDA HOMEM QUE AÍ VEM MULHER
VERDE E ROSA DINASTIA PRA HONRAR MEUS ANCESTRAIS 
AQUI O SAMBA NÃO MORRERÁ JAMAIS